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21 de abr. de 2009

ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO, TEORIA PIAGETIANA, EPISTEMOLOGIA, CONHECIMENTO E APRENDIZAGEM



Jean Piaget estudou a evolução do pensamento até a adolescência, procurando entender os mecanismos mentais que o indivíduo utiliza para captar o mundo, denominou a sua teoria como construtivismo genético, ele explica as etapas do desenvolvimento cognitivo humano como sendo:
Etapa de desenvolvimento sensório-motor: Inicia-se no nascimento até mais ou menos dois anos de idade. Os movimentos são de reflexos, vai-se formando esquemas que permitem a relação do sujeito com a sua realidade. É a etapa das imitações. A principal característica desta etapa é a ausência da função semiótica, ou seja, não representa mentalmente os objetos, sua função é direta sobre eles.
Em seguida vem a etapa do desenvolvimento pré-operatória. Mais ou menos dos dois aos seis anos deidade. Representa o surgimento das funções simbólicas, já não depende unicamente de suas sensações e movimentos. Já distingue o objeto do que ele representa. Inicia-se a relação entre os indivíduos, socialização, interiorização da palavra, a aparição do pensamento propriamente dito.
Etapa de operações concretas. Consegue utilizar a intuição, se considera uma etapa de transição, neste período as operações são concretas, faz classificação e seriação e consegue resolver problemas quando de forma concreta resolve-os de forma lógica.
Etapa das operações formais se caracteriza pela elaboração das hipóteses e resolve problemas sem precisar das comprovações concretas, seu pensamento estrutura-se e torna-se mais científico e se constroem na pré-adolescência mais ou menos dos 12 aos 15 anos. Nesta etapa a criança se liberta inteiramente do objeto, inclusive o representado. O sujeito torna-se capaz de raciocinar sobre proposições em que não acredita que ainda considera pura hipótese, têm início os processos de pensamentos hipotético-dedutivos.
Cada uma destas etapas se constitui de forma progressiva e sucessiva onde uma estrutura de caráter inferior se integra a uma de caráter superior. Piaget concluiu que as crianças não pensam como os adultos por ainda lhes faltarem certos habilidades, a maneira de pensar é diferente. Ele não define idades rígidas para os estágios, mas, estes ocorrem em uma seqüência constante.
Considerando tudo isso, como se desenvolve a inteligência? Como se constrói conhecimento?
Estas questões são fundamentais para compreendermos como a criança aprende e desenvolvermos melhor nosso trabalho.
Sabemos que nós seres humanos somos dotados de razão, mas, que precisa ser desenvolvida durante á vida. É importante observarmos os “erros” que as crianças comentem ao buscar as soluções para resolver os problemas, há uma lógica no erro. Entender esta lógica é o caminho para compreendermos como se processa a aprendizagem. Piaget diz que esta lógica se da de forma progressiva e é diferente da lógica de um adulto. “Fazer é compreender, é compreender em ação”. As estruturas do pensar resultam de um trabalho permanente de reflexão e de remontagem. O conhecimento é uma tomada de consciência que se dá a partir dos resultados da ação através da análise dos meios empregados e dos mecanismos inconscientes da ação. O desenho é a primeira escrita das crianças, é uma forma de representação da realidade, um sistema simbólico composto de significantes e significados. É trabalho do professor, perceber qual a hipótese construída pelas crianças. Para o construtivismo Piagetiano o professor precisa sempre apresentar sempre situações novas, estimulando a criança as a interagir com a língua nas mais variadas representações. É preciso compreender que o erro é construtivo, que através dele se constrói o conhecimento. O professor construtivista propõe situações de desafios através de jogos ou atividades para as soluções de problemas, e quanto mais o professor conhecer seus alunos, mais ele vai descobrir como seus alunos interagem no universo dos números. E descobrindo este processo mais o professor vai descobrir como interferir no processo da aprendizagem.
É importante que o professor conheça muito bem a matéria prima de seu trabalho que é o aluno. É imprescindível que o professor conheça como se dá o aprendizado, como que o aluno aprende e à partir daí o professor vai pautar todas as suas ações dentro do processo ensino aprendizagem. Estas concepções irão direcionar a prática pedagógica por que a consciência disso reflete na forma como avaliamos os nossos alunos.

Webgrafias:

http://www.youtube.com/watch?v=B5Z4qPgqzCk&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=_CGu08gXTC4&feature=related

18 de abr. de 2009

INCLUSÃO: TEORIA E PRÁTICA


Acima de tudo o que é necessário para se fazer inclusão, sem dúvida nenhuma é a determinação dos envolvidos, professora aluno com necessidades especiais e colegas e todos os que de uma ou outra forma fazem parte da comunidade escolar. Claro que o diferente é difícil, mas, na medida em que for aceito e acredito que esta não é mais a questão, as portas estão abertas para o processo de inclusão. Crianças com necessidades especiais necessitam e é imprescindível que estas necessidades sejam supridas diariamente. Muitas vezes são remédios que devem ser administrados diariamente; O atendimento aos médicos e profissionais em cada especialidade; necessidade de quando a deficiência é física de ajuda dos outros para locomoverem-se; Em fim, necessidades especiais requerem necessidades supridas. Uma professora sozinha em sala de aula não consegue dar conta de todas as suas responsabilidades quando dela é exigido um esforço e dedicação mais efetiva. Faz-se necessário o apoio de outros profissionais e colegas na escola que esta muitas vezes não possui.
Temos ainda enquanto professores, algumas vezes conversar com os pais e familiares a respeito de alguma deficiência e/ou possibilidades desta existir sem que os pais aceitem, é difícil para a família aceitar que têm uma criança que lhes exigirá uma forma diferente de educá-la e cria-la. Nós temos de fazer esta mediação quando detectamos comportamentos e características diferentes no desenvolvimento das crianças. Quando a diferença e as necessidades especiais são os déficits de atenção ou a hiperatividade, a situação fica mais difícil de ser encarada com o devido respeito e preocupação que merecem. Na primeira, as crianças são taxadas pelos familiares como crianças que não gostam de estudar ou “são assim mesmos porque puxaram a alguém da família”. Na segunda as crianças são mal interpretadas e tidas como bagunceiras e com problemas de disciplinas. Até os pais entenderem que precisam procurar orientações e auxílio profissional especializado, algumas crianças já carregam na bagagem vários rótulos que o seguirão por toda a sua vida.
Eu acredito que estamos em um momento de falar a respeito de, fazer o que é necessário a respeito de, mas, não estamos estruturados para nem falar e nem fazer. O momento é de luta, de arregaçar as mangas e exigir dos órgãos competentes a possibilidade de fazermos a inclusão em nossas escolas como diz a LDB/96. Nós professores somos as vozes para que a inclusão aconteça, já que somos nós parte tão importante neste processo. Pelo todo que tenho lido e estudado bem como experienciado na sala de aula, há toda uma teoria a respeito da inclusão, linda, maravilhosa, ideal e romântica. Na prática todos têm olhado para o professor para ver se a inclusão tal é descrita na lei e em toda a teoria está sendo viabilizada ou não. Tem-se esquecido de que o professor somente é o mediador no processo de integração, inter-relação e aprendizagem destas crianças com necessidades educativas especiais.
obs: POSTAGEM REFERENTE A SEGUNDA SEMANA NA PLANILHA DE ACOMPANHAMENTO DO SEMINÁRIO INTEGRADOS EIXO VI

17 de abr. de 2009

ASSIMILANDO AS DIFERENÇAS



Desejo iniciar esta reflexão observando que acredito na teoria da Criação, tenho plena convicção nesta teoria e para mim ela se explica e explica exatamente tudo, ao contrário do que dizem as pessoas que acreditam na teoria da evolução e outras.
Assunto como a origem do universo, a origem da vida etc, tenho trabalhado com as crianças levando em consideração aspectos como a idade, a linguagem e o conhecimento que a criança já possui. Quais suas crenças? Respeitando sempre as opiniões divergentes da minha e assim ensinando aos alunos o respeito às diferenças culturais e pensamento de cada um. Claro que abordo todas as teorias e deixo-os formarem opinião. Cada criança tem a liberdade de construir e formar suas próprias crenças em relação a assuntos filosóficos.
Para mim, o respeito e o cultivo da diferença são fundamentais em meu trabalho. Para tanto é preciso respeitar a história de vida de cada criança, seu conhecimento, sua sensibilidade, seus valores produzidos na convivência cotidiana e nas inter-relações na comunidade. Se ensinar fosse fazer os alunos imitar o que lhe é ensinado, todos faríamos as mesmas coisas, caminharíamos do mesmo jeito, riríamos da mesma forma etc. Cada pessoa é única, diferente e original, aí está a riqueza de ser gente. Para que nossos alunos se tornem autônomos, livres, responsáveis e emancipados, eles precisam se apropriar da cultura da comunidade onde vivem, e ao mesmo tempo, desenvolver condições individuais para que o sujeito possa interferir no mundo, na construção da história e na melhoria das condições devida. É preciso respeitar e cultivar as diferenças para que as pessoas possam se tornar livres. Os seres humanos são diferentes uns dos outros e quando a cultura dos estudantes é desrespeitada, negam suas origens geopolíticas, étnicas e sociais com todas as suas contribuições e história.
Vimos no texto de Ana Maria Petersen, Maria Aparecida Bergamaschi e Simone Valdete dos Santos que “Há uma tendência muito forte na sociedade ocidental em não reconhecer as diferenças étnicas dos povos indígenas”, acredito que nós em sala de aula, de certa forma, também cometemos esta falha. É muito recente ao estudarmos as origens do povo brasileiro, damos ênfase ou destaque necessário a nossa origem indígena. Até mesmo em um grupo de amigos, dizemos que nossos avós são de origem italiana, alemã ou quaisquer menos que também descendem dos negros e dos índios que aqui viviam. As autoras descrevem como trabalhamos nas escolas a semana que comemoramos o dia do índio. Realmente é assim que acontece. Neste ano, confesso que minha abordagem foi diferente e em nada se pareceu com as dos anos anteriores. Neste ano refletimos sobre o preconceito e sobre todas as origens do povo brasileiro. Sim estudamos o quanto os índios foram marginalizados durante toda a história e as crianças formaram opiniões e conceitos em relação aos fatos marcantes de discriminação e violências vividos pelos indígenas. Não nos caracterizamos de índios por que entendi que esta atitude reforça a marginalização.
Por outro lado as crianças entrevistaram seus familiares em busca de informações sobre suas origens. De que regiões do Brasil e do estado vieram, os costumes de seus antepassados, roupas, comida, em que trabalhavam e como era a vida quando seus pais e avós eram crianças. Acredito que este resgate histórico familiar se confunde com a história da comunidade e consequentemente da sociedade como um todo.
Algumas crianças trouxeram dados bem interessantes que se assemelham a própria história do povo brasileiro. As crianças puderam compreender que a história (disciplina) que estudam na escola, nada mais é que fatos históricos de também suas famílias.

obs: Postagem atrasada e refere-se a 1ª semana na planilha de acompanhamento).

12 de abr. de 2009

MOSAICO DAS DIFERENÇAS



Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental

Disciplina QUESTÕES ÉTNICO-RACIAIS NA EDUCAÇÃO: SOCIOLOGIA E HISTÓRIA B
Professores: Fernando Seffner.
Aluna: Elisângela Rodrigues Garcia



Trabalho 40 horas na Escola estadual de Ensino Médio Mário Quintana, situada na rua maracanã, 398 do Parque da matriz, parada 57 em Cachoeirinha.
A Escola esta situada em um bairro com uma área de 160 hectares, possui um hospital, um Posto da Brigada Militar, uma Escola Municipal e várias Escolinhas particulares de Educação Infantil, bem como uma Escolinha de educação infantil Comunitária e outra municipal, um CTG, um Centro Comercial e diversos serviços que atendem a comunidade sem que esta necessite sair do bairro.
A história de nossa Escola começou praticamente junto com a história da nossa comunidade em 1982 com a inauguração do Grupo habitacional Parque da Matriz. A Escola começou a funcionar em 1984 e seu primeiro diretor foi o professor Roberto Oliveira Kossorz.
Os profissionais com mais tempo de serviço na escola são:
Ana Maria da silva (ano de 1986, agosto).
Albertinha Maria Zucchetti (09/05/1988).
Dulce Maria Ferreira Machado (1989).
Neiva Lurdes cole Lima (26/09/1989).
André Kroeche (01/03/1990).
Atualmente a escola conta com um total de 1.144 alunos distribuídos em 1º ano do ensino fundamental, 3 segundos anos, 2 terceiros anos, duas terceiras séries, 2 quartas séries e o restante de 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio. Trabalhamos em três turnos: manhã, tarde e noite. Possuímos uma equipe harmoniosa, cooperativa, responsável e muito engajada na “Educação para uma Vida Melhor”. Contamos também com uma equipe maravilhosa de funcionários, responsáveis, trabalhadores, amáveis e muito educados.
Esta atividade veio bem a calhar, pois, esta semana estamos comemorando o aniversário de nossa escola e sábado dia 25/04 teremos um grande evento na escola em comemoração ao seu aniversário com várias programações, apresentações resgatando a história e a cultura local.
Há todo um movimento de resgatar a história da nossa escola e esta se confunde com a história da comunidade.
Conversamos bastante a respeito da história da nossa escola desde a sua inauguração: professores mais antigos, pais que foram alunos e hoje seus filhos são alunos de nossa escola. Há casos de professoras que alfabetizaram os pais e hoje alfabetizam os filhos destes. Como a comunidade é fechada e tradicional, todos se conhecem apesar de ser o Parque da Matriz um bairro de uma cidade metropolitana. Algumas crianças comentaram que tem fotos em casa de seus pais crianças com as professoras que hoje são suas. Neste contexto conversamos sobre a origem década família, de onde vieram, de quais cidades seus pais e avós possuem origem e sobre as diferenças culturais de cada família. Conversamos sobre a importância e papel de cada membro da família e sobre a importância e papel de cada um na escola, bem como cada indivíduo na sociedade. Em uma das aulas as funcionárias da escola apresentaram um teatro da historinha da “Menina Bonita. Do Laço de Fita”. Cada criança recebeu um laço de fita amarrado ao seu cabelo. Compreenderam que, todos nós somos iguais e diferentes entre si. Que não é o fato de uma pessoa ser da raça negra que esta é diferente dos brancos e sim todos somos diferentes um do outro. Como tema, um dia, as crianças entrevistaram seus pais sobre formas diferentes de cozinhar um mesmo alimento, entenderam que a culinária é uma questão cultural. Como eu mesma tenho um forte sotaque do interior, conversamos também sobre a diversidade da linguagem, que todos falamos desta ou daquela forma por que descendemos desta ou daquela região e cultura. Então finalmente mencionei que como eles são agora meus alunos do 3º ano e foram também no 1º ano, eu tenho várias fotos de vários eventos de todos eles, bem como, de outros alunos da escola, talvez irmãos, primos, amigos e conhecidos deles. Mostrei a eles o slide (http://elisufrgs.blogspot.com/2009/04/mosaico-das-diferencas.html) do Mosaico das Diferenças para que todos vissem o quanto somos diferentes uns dos outros e ao mesmo tempo iguais na forma humana e filhos de Deus. Adoraram o slide e divertiram-se bastante.
Para a apresentação da turma no sábado dia 25/04, os alunos estão preparando um grande painel, apenas com material de reciclagem, inclusive o papel dos desenhos e presentearão a escola como forma de respeito e cuidado com o meio e a comunidade em que vivem.
O que mais me chamou a atenção durante estas atividades referentes a etnias, raças e culturas, é que as crianças não parecem ter preconceito em relação a nenhuma destas questões. Entre elas brincam e são amigos indiferentemente da cor, etnia ou a descendência cultural, o que me parece se destacar às vezes é mais a questão da higiene, crianças não gostam de brincar com crianças que vêm sujas para a escola e não tem hábitos de higiene. Não querem sentar perto de coleguinhas que não estão com os cabelinhos penteados, roupas sujas e corpo cheirando mal, indiferentemente da raça a qual descendem. Nós professores temos de trabalhar bastante a higiene, auto estima, atitudes saudáveis, etc.